sexta-feira, 25 de maio de 2007

Não é que é...

Antes de colocar o texto vou explicar algo.
Todo mundo sabe que na Internet fica muito difícil comprovar autoria de textos, todos os dias recebo ao menos 20 de autoria do Veríssimo... Então, temos que pesquisar e quando a busca não traz solução, agir com prudência...
Como o texto que vou colocar aqui não ofende ninguém, não há problemas, aliás, ofende quem tem que ser REALMENTE ofendido e mesmo assim, com razão!
Recebi esse texto de um amigo de Blogs e Orkut, o banaiuti, como de autoria do Nelson Motta.
Como o Nelson é um cara inteligente e o bana um cara sensato, acredito ser mesmo do Nelsinho, embora nas pesquisas que fiz não encontrei esse texto, nem como de autoria dele, nem como de ninguém...
Então, vou colocar os créditos a quem merece.
E o texto é tão inteligente e real, que nem importa muito quem escreveu, não desmerecendo o autor, mas já é utilidade pública.

Chega de blá blá blá, porque blá blá blá só dando pinta nos meus coments...
Vamos ao texto.

"Mimosos e mimados
Quando se ouvem os diálogos gravados entre parlamentares, funcionários, assessores e lobistas com a turma da Gautama, tudo soa parecido com o pessoal do tráfico, do movimento, armando suas paradas e se defendendo dos X9 e dos "alemão".
A diferença é que a linguagem dos bandidos do morro, criada para enganar a polícia e o pessoal do asfalto, é muito mais rica e colorida que a da turma de gravata e crachá. Mas são todos droga malhada do mesmo sacolé.
Quando os traficantes perguntam "do preto ou do branco?", é como se fossem empreiteiros e políticos combinando "é estrada ou ponte?"; "é emenda ou aditivo?", "é carro ou caneta?".
Curiosamente, tanto uns como outros jamais falam em propina -não são otários, otários somos nós-, sempre usam o código "fazer um agrado". Além de "chefe", talvez seja a única expressão usada igualmente pelas duas tribos, tão diferentes nas linguagens e tão parecidas nos objetivos.
Outra diferença é que as vítimas dos bandidos do morro são indivíduos e estabelecimentos comerciais, enquanto as quadrilhas da Esplanada roubam o dinheiro suado de todos nós e deixam um rastro de impunidade que abala a fé na democracia e nas instituições.
Como os bandidos são mimosos, os que recebem os mimos vão ficando mimados, têm prisão especial, foro privilegiado e liminares, enquanto o pessoal do short e chinelo fica em cana. Mas quem comete um crime mais grave? Quem vende droga proibida a um adulto ou quem rouba toda a coletividade, geralmente em Estados miseráveis?
Ainda sonhamos com o dia em que o Supremo Tribunal Federal mandará um parlamentar para a cadeia, pela primeira vez em toda a sua história, enquanto sustentamos os mimosos, mimados e intocáveis."

Texto enviado por banaiuti, como de autoria do Nelson Motta (e eu acredito!)

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